Vogue
As publicações impressas em formatos de revistas começaram a circular por volta de 1663, século XVII, em Hamburgo na Alemanha. A primeira revista foi criada por Johann Rist, teólogo e poeta. A publicação era focada no segmento de leitores que se interessava por religião, já que era monotemática e recebeu o nome de Erbauliche Monaths Unterredunges (em português, Edificantes Discussões Mensais).
A revista circulou até 1668 e inspirou publicações monotemáticas na França, Inglaterra e Itália. As primeiras publicações abordavam temas específicos e apresentavam uma coletânea de textos com conteúdo didático sobre ciências, filosofia e literatura.
Apenas em 1693, vinte anos depois da criação dessa mídia impressa, foi criada a primeira revista feminina da história. O jornalismo de moda iniciou-se na França, onde surgiu a Mercúrio das Senhoras, e apresentava desenhos de roupas, moldes para vestidos e bordados, além de crônicas da corte e publicações de poesias.
As primeiras revistas chegaram ao Brasil com a corte portuguesa, no início do século XIX. A primeira edição brasileira que se tem conhecimento, As Variedades ou Ensaios de Literatura, surgiu em Salvador no ano de 1812, e seguia os modelos de revistas utilizados no mundo editorial da época.
Em 1827, surge a primeira revista brasileira para o público feminino, Espelho de Diamantino, com um conteúdo voltado para a moda além de uma grande quantidade de material literário (crônicas, poesias, contos, folhetins), com dicas de culinária e textos de variedades e de cultura geral.
A revista Vogue, renomada mundialmente, e objeto de analise deste artigo, foi criada em 1892 na cidade de Nova York, idealizada por Arthur Baldwin Turnure e Harry McVickar, como um pequeno folhetim de moda, com aproximadamente 30 páginas, destinado às mulheres da alta sociedade no final do século XIX.
“A publicação tinha o status de representar os interesses e o estilo de vida desta classe. Turnure