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1481 palavras 6 páginas
NASCIDO ESCRAVO

O termo graça tem sido incompreendido por várias pessoas em nosso meio cristão, de modo que muitos acreditam ter que realizar alguma coisa, afim de que possa obter a salvação de vidas em Jesus. Tanto as bem-aventuranças quanto no pai-nosso está bem claro que o Reino de Deus é um dom do amor do próprio Deus, para com o Homem pecador. Este dom é totalmente gratuito, o Reino vem, assim, pela ação e pela iniciativa de Deus. Constitui um dom tão valioso que não existe esforço humano capaz de conquistá-lo ou de comprá-lo: só pode ser recebido como dom. Ao ser humano cabe abrir-se a esse estupendo, acolhendo-o com alegria e gratidão. O Reino é, pois, obra de Deus e só este pode oferecê-lo ao Homem. Esta visão Lutero procurou passar a Erasmo em seus argumentos, mostra-o em primeiro lugar que o livre-arbítrio não existe que apartir do Éden, é Deus quem toma a iniciativa de procurar o Homem, e não contrário. Lutero declara que o “livre-arbítrio” é cego, pois precisa ser ensinado por meio da lei. E também é impotente, pois não consegue justificar ninguém diante de Deus. 1 Em relação ao dom da graça de Deus, a atitude fundamental do Homem resume-se na abertura, na receptividade, no acolhimento. Como ponto de partida para chegar ao Reino de Deus. Por isso, todo homem ou mulher, fechados numa auto-justificação orgulhosa, são incapazes de experimentar este dom da graça. Na realidade, o dom da graça é a resposta gratuita e admirável. A graça é um dom, mas é um dom pessoal, que suscita uma resposta do ser humano. A atuação do amor de Deus convida e capacita à aceitação da Boa Nova, que é a Salvação em Jesus, e à vivência da conversão, entendida como arrependimento do mal realizado e como reorientação da vida em conformidade com a vontade de Deus. Assim, a resposta de Lutero a Erasmo, foi a de que também é necessário ter fé. Fé e confiança no

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