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Contudo, 100% dos homens entrevistados, mesmo tendo sido levados às reuniões pela via judicial, manifestaram ter encontrado em Alcoólicos Anônimos - A.A. condições de superação do alcoolismo; afirmaram ter encontrado nesses grupos uma segunda família ou uma "religião" (sic), capaz de lhes dar o suporte necessário para que pudessem encontrar forças de se manterem em abstinência ou o consumo sob controle. Comprovou-se assim que os homens que aderiam ao programa de Alcoólicos Anônimos - A.A. haviam conseguido se fortalecer enquanto sujeitos capazes de superar a dependência do álcool e outras drogas. Fato relevante para a análise deste dado, e que precisa ser levado em consideração, é que, como já afirmado, foram entrevistados apenas os homens que efetivamente haviam cumprido a determinação judicial de freqüência ao A.A., ou aqueles que estavam freqüentando a instituição há mais de três meses. Durante este estudo verificou-se que 56% dos homens encaminhados por via judicial ao Alcoólicos Anônimos - A.A. não cumpriam esta determinação.Através de declarações, tanto dos homens como das mulheres acompanhadas no NUPS, verificamos que havia ocorrido melhoria em suas relações conflituosas a partir da freqüência do agressor ao Alcoólicos Anônimos -A.A., no entanto, não se pode afirmar de maneira aligeirada, a partir desta constatação, que a violência teria como causa o uso excessivo de álcool. O que se pode avaliar, é que estes homens ao ingressarem ao A.A. encontraram forças para superar o alcoolismo e assim, conseguiram reencontrar certo equilíbrio emocional. Sem o álcool, atuando como desinibidor de suas emoções e diminuindo-lhes o senso crítico, estes homens reassumem o controle de seus atos, o que acaba por refletir, conseqüentemente, em suas relações interpessoais.
Contudo, se o encaminhamento ao Alcoólicos Anônimos - A.A. se revelou um caminho válido para minimizar os