Vivência Cristã
Vivemos num mundo onde os valores do poder, do ter e do prazer são objetos de adoração e de idolatria. A luta pelo poder torna as pessoas desumanas. As guerras, o ódio e as tensões ameaçam o mundo que já encontra-se dividido entre ricos e pobres e divida-se cada vez mais em bandos antagônicos e inimigos que lutam para aniquilar o adversário. A sexualidade tornou-se presa fácil e objeto de prazer despojando o ser humano de sua dignidade e intimidade. A vida em seu conjunto perde a dimensão fraternal e comunitária e torna-se uma guerra onde os homens se desumanizam as serviço de valores-objetos como o poder, o ter e o prazer.
A secularização se expande cada vez mais e vai tomando conta das pessoas. O ser humano vai perdendo o sentido profundo de sua vida, sua razão de ser no mundo e tornando-se escravo de si mesmo, das leis criadas por ele mesmo e da máquina que deveria estar ao seu serviço.
É dentro dessa realidade toda que nos encontramos como pessoas cristãs, chamadas a transformá-la, vivendo o compromisso que assumimos no Batismo.
Lembro-me que, em 1989, o Papa João Paulo II fazia um apelo aos jovens da época, muito válido aos jovens e a todos os cristãos de todos os tempos:
“… não tenhais medo de ser santos! Tende a coragem de buscar e encontrar a verdade, para além do relativismo e da indiferença daqueles que tendem a edificar o nosso mundo como se Deus não existisse. Jamais sereis desiludidos se conservardes como ponto de referência na vossa busca, Cristo, verdade do homem. A revelar o mistério do Pai e do seu Amor, Ele ‘manifesta perfeitamente o homem ao próprio homem e descobre-lhe a sublimidade de sua vocação’ (GS 22).
Tende a coragem da solidariedade, na Igreja e no mundo: convidai todos a serem, juntamente convosco, os artífices da ‘civilização do amor’, que o evangelho exige que edifiquemos,