Visão Psicológica sobre o Transtorno Obsessivo-Compulsivo
Fatores comportamentais
Segundo os teóricos da aprendizagem as obsessões são estímulos condicionados. Um estímulo neutro passa a se relacionar ao medo ou ansiedade por meio de uma resposta condicionada, por ter sido associado a acontecimentos nocivos ou provocadores de ansiedade. Dessa forma, objetos e pensamentos que anteriormente eram neutros tornam-se estímulos condicionados capazes de provocar ansiedade ou desconforto.
As compulsões são estabelecidas de forma diferente. Quando o individuo descobre que certa ação diminui a ansiedade ligada a um pensamento obsessivo, desenvolve estratégias ativas para evitar, sob a forma de compulsões ou rituais para controlar a ansiedade. De forma gradativa, devido à eficiência na redução do desconforto secundário (ansiedade), as estratégias de evitação se tornam fixas, como padrões aprendidos de comportamentos compulsivos. A teoria do aprendizado prove conceitos uteis para explicar certos aspectos dos fenômenos obsessivo-compulsivo- por exemplo, a capacidade de provocar a ansiedade de ideias não necessariamente amendrontadoras por si próprias e o estabelecimento de padrões compulsivos de comportamento (Sadock, B.; Sadock, V. 2007).
Fatores psicodinâmicos
Segundo Sadock, B. e Sadock, V., 2007, na teoria psicanalítica clássica, o TOC era denominado como neurose obsessivo- compulsiva, considerada uma regressão da fase edípica para a fase psicossexual anal do desenvolvimento. Quando os pacientes se sentem ameaçados com ansiedade por retaliação de impulsos inconscientes ou com a perda do amor de um objeto significativo, recuam da posição edípica e regridem a um estágio emocional excessivamente ambivalente, associado à fase anal. A ambivalência está associada ao desestruturar a suave fusão dos impulsos sexuais com os agressivos, característicos da fase edípica. A coexistência de amor e ódio dirigidos para a mesma pessoa leva o paciente à paralisia, com dúvida e indecisão.
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