visão clínica-médica
Dentro da clínica audiológica, pode-se classificar a deficiência auditiva de acordo com o momento em que ela ocorre e com o local onde ocorre a deficiência. Esse local pode ser no sistema condutivo (na orelha média e/ou externa), no sistema neurossensorial (que ocorre na orelha interna e/ou nervo vestíbulo-coclear), ou no sistema nervoso central (ocorre no tronco cerebral e cérebro).
O conceito médico que quantifica a perda auditiva considerando o indivíduo com falta de audição um deficiente auditivo.
Visão sócio-antropológica
A visão sócio-antropológica da surdez, que tem em SKLIAR (1992, 1997, 1998, 1999) o seu principal difusor, apresenta uma ideologia diferente da visão clínica, pois aborda o paradigma social, cultural e antropológico da surdez e aprofunda os conceitos de Bilíngüe e Bicultural. O modelo bilíngüe prioriza o acesso a duas línguas: a primeira língua – a Língua de Sinais –, utilizada na comunicação entre os pares e no acesso ao desenvolvimento global na medida em que é percebida como uma verdadeira língua, e a segunda língua – língua oral ou escrita –, como meio de integração à sociedade ouvinte. Partindo do acesso das duas línguas, o sujeito desenvolve-se inserido numa rede Bicultural (cultura surda e ouvinte).
Clínico: A surdez é considerada uma patologia que pode causar outras deficiências. A surdez é um limite sensorial definido em níveis de perda ( do ligeiro ao profundo) que geram problemas na aquisição da linguagem. A patologia da surdez deve ser tratada com estratégias corretivas como aparelhos sonoros, ambiente favorável a fala. Essa visão exclui a educação bilígue.
Socioantropológico: A surdez não é uma patologia, considera-se as características sociais dos indíviduos não é necessário aparelhos sonoros. Vê-se as possibilidades do surdoo como a linguagem viso-espacial. Essa visão abre espaço para que se possa concretizar a