Virus Ebola
O vírus EBOLA foi isolado pela primeira vez em 1976 a partir de casos humanos de uma epidemia de febre hemorrágica que ocorreu em vilas do Noroeste do Zaire, próximo ao rio Ebola. Ele é responsável por um quadro de febre hemorrágica extremamente letal, pois o vírus apresenta tropismo pelas células hepáticas e do sistema retículo-endotelial. Até o presente, quatro epidemias de febre hemorrágica produzida pelo Ebola entre seres humanos são conhecidas: as duas primeiras em 1976, no Zaire e no Oeste do Sudão, resultando em mais de 550 casos e 340 mortes, a terceira em 1979 no Sudão foi menor com 34 casos e 22 óbitos e a quarta em 1996 no Zaire.
O risco de infecção pelo vírus é considerado caso de saúde pública na África e no Sudeste da Ásia, tanto para humanos quanto para animais. Os surtos ainda estão restritos a certas localidades, mas, devido ao aumento do fluxo de pessoas e mercadorias, existe uma forte tendência para que ele atinja outras áreas.
Agente Etiológico
O vírus Ebola é um vírus RNA, da família Filoviridae e do gênero Filovirus. Este gênero possui quatro virus que acometem o homem: o Marburg e três virus Ebola - Ebola Zaires, Ebola Sudão e Ebola Reston. Os três vírus ebola possuem pequenas diferenças sorológicas e diferentes sequências de bases nos seus RNAs. Este gênero pertence à ordem Mononegavirales, tendo conexão filogenética com os paramixovirus (cachumba, sarampo, parainfluenza) e rabdovirus (raiva).
Reservatório
Desconhecido até o presente.
Modo de Transmissão
As formas principais de transmissão são: seringas e agulhas reutilizadas, pessoa a pessoa através de contato íntimo com doentes graves, contato sexual e casos secundários foram observadas entre profissionais de saúde e membros da família que cuidavam de doentes. Contato com indivíduos infectados, mas que apresentam poucos ou nenhum sintoma, isto é, que não apresentam a forma hemorrágica,