virtú
Tanto a virtú de Maquiavel quanto a virtude de Aristóteles tem suas características próprias e suas similaridades.
Aristóteles dividiu as virtudes em intelectuais e morais a primeira nasce e progride dos resultados da aprendizagem, isto é, da educação e para desenvolver-se em toda sua plenitude, o que leva tempo e experiência, já a virtude moral (ética) não nasce em nos, somos adaptados a recebê-la, e é um resultado do habito que deixa em nos essa virtude e nos torna capazes de praticar atos justos através do exercício constante na pratica.
Segundo o pensador (Aristóteles) o bem maior realizável para o homem é aperfeiçoar-se enquanto homem e que este só teria noção do justo e injusto quando este fosse ético. Ainda foi mais além ao defender a tese de que o bem comum esta relacionado à organização da Polis, e o fato de agir de forma ética, tanto para o legislador como para o cidadão estariam contribuindo para o bem da coletividade, o individualismo é criticado por ele, pois todo ato praticado deve contribuir para o bem de todos, e não satisfazer um bem individual.
Já para Maquiavel a virtú é a habilidade e a capacidade de adaptação aos acontecimentos políticos que o levariam a permanecer no poder, ou seja, a disposição de fazer tudo àquilo que for ditado pela necessidade. Para ele a virtú deixa de ser sinônimo de bondade tornar-se astúcia e destreza pessoal, pois somente assim “O príncipe” seria capaz de manter-se no poder conquistado, com esse pensamento ele quebra com tudo o que até então vinha sendo defendido em termos de ética. “Ao príncipe não bastaria à força de um leão para o domínio de um território, mas, sobretudo, a astúcia de uma raposa para manter-se no controle, sabendo como agir, quando mentir e o que deveria aparentar aos seus