Violência: ônibus 174
O mundo capitalista criou condições extremamente adversas e injustas na sociedade para com a parcela menos favorecida de sua população. A injustiça se expressa pelo quadro de miséria, má distribuição de renda, desemprego, exploração de trabalhadores, crianças nas ruas, falta de condições mínimas para uma vida digna, falta de assistência em educação e saúde. Trata-se, portanto de uma população a margem, sofrendo no dia-a-dia os efeitos da violação dos direitos humanos. (Minaio, 2003)
A sociedade brasileira se divide em uma parte da população sadia, rica, que tem acesso a saúde e educação, que desfruta de confortos e prazeres, enquanto a outra resta ser doente, pobre, ignorante, sem recursos e muito sofrida. Ambas temem-se mutuamente, os pobres se sentindo roubados de seus direitos e os ricos com medo da agressividade dos marginalizados.
O estado tem se mostrado bastante ineficaz na busca por soluções para os problemas sociais, investindo apenas em repressão policial, que é uma medida paliativa, mas não tem se preocupado em propor melhorias que haja na raiz do problema. A institucionalização de mecanismos repressivos sobre as camadas excluídas é de longa data no Brasil. Prisões arbitrárias, torturas, raptos, execuções, maus tratos, descasos, perseguições ou a opressão detectada nas prisões.