Araxá.
O eixo que atravessa o Seminário de Araxá é o transformismo a conservação do Serviço Social tradicional sobre novas bases. Isto se manifesta de diversas formas ao longo do seminário. Uma delas é a clássica diferenciação entre os níveis de intervenção macrossocial e microssocial. No nível Macrossocial temos o perfil profissional do assistente social voltado para a formulação de políticas sociais (moderno), e no nível microssocial temos o papel do assistente na execução terminal das políticas (tradicional) numa relação direta com os usuário dos serviços. O nível macrossocial está relacionado com a conformação da tecno-burocracia e racionalização da gestão do Estado em conformidade com os interesses dos monopólios. Processo este aprofundado pela ditadura, que no caso do Brasil, foi uma ditadura desenvolvimentista, mas que ao mesmo tempo que modernizou a sociedade também conservou os elementos tradicionais (ex. a questão agrária) refuncionalizados e subordinados às demandas modernizadoras, racionalizadoras do desenvolvimento monopolista. Além desta divisão entre níveis macro e microssocial uma outra ideia merece ser destacada já que mostra o papel do positivismo, na forma de estrutural-funcionalismo, neste seminário, e na perspectiva modernizadora. Trata-se do princípio da globalidade, que sustenta que o indivíduo deve ser analisado na sociedade, ou no sistema social. Para os participantes deste seminário, este era um princípio específico do Serviço Social. Esta formulação remete o princípio da globalidade para a analise baseada na clivagem ator-sistema própria do estrutural-funcionalismo. O ator é um indivíduo que internaliza normas e valores do seu meio social, desenvolvendo assim um comportamento