Violência Urbana
Nossa sociedade é pautada por diversas opressões. A homofobia, o racismo e o machismo, sustentam o Estado injusto e capitalista que vivemos. Essas opressões por estarem enraizadas em nossos costumes, muitas vezes parecem “naturais”. São colocadas de forma sutil, como uma piada, uma brincadeira, um olhar, uma insinuação... E assim, aprendemos desde cedo a reproduzi-las. Infelizmente, todos nós em algum momento de nossas vidas fomos oprimidos e provavelmente também reproduzimos opressões.
O Capitalismo, maior opressor, usa o machismo para dividir e ampliar a exploração da classe trabalhadora. Governos vendidos aos interesses da burguesia, seguem jogando a conta da crise econômica para os trabalhadores. E a maior parcela dessa conta é paga pelas mulheres. Nós recebemos salários menores para exercer funções iguais, somos as que mais ocupam os empregos informais (com altíssimos índices de precarização) e, ainda hoje, temos que trabalhar, estudar e cuidar das tarefas domésticas. A sociedade naturalizou a tríplice jornada de trabalho feminina. A ideologia liberal e opressora, impregnada em nossa sociedade, nos aliena, tanto explorando nossa força de trabalho, quanto convencendo a nós mulheres de que somos inferiores aos homens e, convencendo aos homens, de que somos suas propriedades. "A opressão do homem pelo homem iniciou-se pela opressão da mulher pelo homem" (Karl Marx).
A presidente Dilma, em sua campanha eleitoral de 2010, declarou que seriam criadas 6 mil creches, quando a nossa demanda representa mais de 19 mil unidades. E chegando ao fim do mandato a realidade não corresponde à criação de nem um terço das vagas que propôs.