violência contra a mulher: agrde também quem não denuncia

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: AGRIDE TAMBÉM QUEM NÂO DENUNCIA.

Estamos sobrevivendo em uma sociedade machista em que a mulher se constitui como pertença do gênero oposto, portanto sujeita a toda e qualquer atitude por ele tomada, mesmo que esta atitude seja contra a integridade e dignidade do ser, que deveriam estar resguardadas por se tratar de direito fundamentado na constituição e nos Direitos Humanos e as agressões são indubitavelmente violação desses diretos. Não podemos considerar violência contra a mulher apenas a violência física, pois se constitui violência contra mulher tanto na violação do corpo, no suplicio físico, como também através de atitudes de descriminação e desvalorização, que tenha repercussão direta na vida da vítima, que venha ferir sua integridade física, moral ou emocional e podem se manifestar em situações de omissões ou em impedimento ao exercício de direito e/ou cidadania, ou qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades (art. 7º da lei 11.340/06). Para se edificar uma sociedade livre desse tipo de relação necessitaríamos desconstruir o caráter de oposição e de rivalidade que existe entre masculino- feminino, erradicar da sociedade o pensamento polarizado sobre gêneros em que homens e mulheres se relacionam a partir de uma lógica de dominação e submissão, sexo forte e frágil, denotando a existência de superioridade por uma das partes, que é claramente percebida, porém ignorada. O autor da violência percebe sua vítima como um ser desigual e não como sujeito de direito, e em consequência disso à relação que envolve o sexo masculino-feminino se torna uma relação de dominador e dominado, lógica que conferi ao homem o “direito” de dominar a mulher, a fim de manter sua posição perante a sociedade que o legitima