VIOLENCIA
A violência acontece desde o início dos tempos, porém suas formas foram evoluindo, se aprimorando e se diversificando. Além de sua publicitação, compreensão e intervenção também terem avançado. No mundo animal a violência é uma estratégia de defesa e de ataque, condicionada por instinto de auto - manutenção e sobrevivência. Nesse universo a violência se justifica como um “mal necessário”, que via de regra estabelece e cristaliza relações de poder. Não é a toa que o leão é o rei da selva. Valendo-se dos mesmos princípios do mundo animal o homem também se utilizou da violência como meio de sobrevivência, contudo a evolução da humanidade trouxe à tona outros “Poderes Ilegítimos” que acabaram por fomentar as “Várias Violências” que vivenciamos hoje. A literatura aponta como principais poderes o ECONÔMICO, o de GÊNERO e o ÉTNICO/RACIAL, os quais alimentam a violência estrutural, a social, a violência dos centros urbanos, e também a violência no ambiente doméstico; este último é um palco onde todos os poderes citados acima estão presentes, e ainda outro se constrói, respaldado por uma legitimação histórica, - O ADULCENTRISMO (poder do adulto sobre as crianças). A violência ocorrida no ambiente doméstico tem como principais vítimas as crianças, os adolescentes, as mulheres e os idosos. Dada a especificidade deste curso, estaremos restringindo ao estudo da violência doméstica contra crianças e adolescentes. Trataremos ainda, de algumas situações de violência cometida contra esses mesmos personagens por terceiros e/ou comunidade. As seguir iremos ver os tipos de violência e falar sobre elas.
Violência contra crianças e adolescentes
Dois são os processos fundamentais de produção de crianças – vítimas em sociedades como a nossa:
O processo de vitimação, cuja resultante são as que denominamos “crianças de alto risco”;
O processo de vitimização, cuja resultante são as que denominamos “crianças em estado de sítio”.
O fenômeno da violência doméstica já