Violencia urbana
No Brasil, a violência e o crime aumentaram nas ultimas décadas. O numero de homicídios triplicou em pouco mais de vinte anos e hoje é um dos mais altos do mundo. São 45 mil homicídios por ano, sendo a maioria jovem entre 15 e 24 anos. Ao assistirmos aos noticiários da televisão é comum nos defrontarmos com casos de crimes que chocam a sociedade por sua astucia e crueldade. A violência encontra-se entre as principais preocupações dos Brasileiros e o medo passou a ser um sentimento comum no cotidiano das grandes cidades. Os homicídios e crimes violentos estão em níveis elevados há mais de vinte anos, fato que tem chamado a atenção para estudos mais detalhados da criminalidade e violência urbana.
Duas palavras que andam ao lado de violência é juventude e masculinidade. É incontestável a presença de homens e jovens quando falamos em homicídios, tanto na posição de criminoso quanto na posição de vitima.
A violência urbana tornou-se um problema social grave em todo o país a partir dos anos 1990. Nessa época, a falta de planejamento urbano e o tráfico de drogas fizeram eclodir “guerras” nas periferias das cidades. Segundo o Mapa da Violência 2012, elaborado pelo Instituto Sangari, o número de assassinatos no país passou de 13.910 em 1980 para 49.932 em 2010, correspondendo a um aumento de 259% ou o equivalente ao crescimento de 4,4% ao ano.
Os motivos que resultam na violência são vários: individuais, socioeconômicos e comunitários. O fácil acesso a armas de fogo, drogas, trafico de arma, cadeias e presídios superlotados têm favorecido a constante presença da violência no dia a dia. Dados do Governo Federal apontam que, entre 1995 e 2005, a população carcerária cresceu 143,91%, passando de 148 mil para 361 mil presos. De 2005 a 2009, o crescimento foi de 31,05%, chegando a 474 mil detentos. Hoje, há um déficit de 195 mil vagas no sistema prisional brasileiro. Somado a isso vem à falta de oportunidades educacionais e econômicas para os