Vinicius de Moraes: O Poeta do Amor e da Paixão
Poeta, compositor, diplomata, músico, boêmio e amante das mulheres, Marcos Vinicius da Cruz de Melo Moraes – um homem que jamais se contentou cm uma só arte – contribuiu ricamente para a cultura brasileira e marcou gerações. Carlos Drummond de Andrade, poeta que lhe foi contemporâneo, afirmou sobre Vinicius: “Entre todos nós, ele foi o único que viveu como poeta.” Devido ao seu talento, genialidade, competência e sinceridade, soube escrever, cantar e fazer a arte do amor, tipicamente sensual e a reconhecer a mulher como o grande enigma de sua poesia.
Sempre pelas mulheres, fossem elas mães, namoradas, noivas, esposas e amantes, soube atingi-las, valorizá-las e fazer dessa criação, dela e perfeitas, sua grande paixão. Assim, consideramos sua obra poética inovadora, questionadora e de grande relevância.
Seus ancestrais, ligados à literatura e à musica, foram certamente o rascunho daquele que deixaria uma obra sólida nas duas artes.
Aos oito anos, experimentou seu primeiro amor E, daí por diante, sua vida não foi mais que a busca da mulher amada, a cuja beleza física e perfeição interior dedicou praticamente toda sua obra poética.
Casou-se nove vezes e dedicou sua vida ás paixões temporárias. O faro é que Vinícius sabia conquistar mulher. Ele amava como um cavalheiro que tia alguém para dançar num salão do final do século XIX. Um homem que amava as mulheres e que não sabia viver longe delas.
Um poeta sedutor, um gênio aparentemente em conflito, um homem misterioso. Ainda hoje, anos depois de sua morte, Vinícius continua a exercer fascínio sobre as mulheres que o leem, assim como as de outrora.
A sua obra é dividida habitualmente em dua fazes: uma de sentido místico e lírico, impregnada por temas e conflitos espirituais, e outra mais sensual e de linguagem mai simples, que ele mostra também nas composições populares de fundo social. Depois passa a compor canções mais metafóricas, enfrentando os rigores da censura.