VIII

VIII
O MODELO ATUAL DO UNIVERSO
O homem sempre perseguiu o ideal de construir um modelo que explicasse a origem do universo que ele habita, bem como seu comportamento ao longo do tempo.
E nesse campo sempre houve uma terrível competição entre os objetivistas
(cientistas e materialistas) e os subjetivistas (teólogos e filósofos). Enquanto os primeiros procuram um modelo puramente material, os segundos procuram um modelo totalmente manipulado e subjugado à vontade de Deus.
Infelizmente nem sempre essas posições foram liberais, abertas à discussão. Em função de seu poder (credibilidade científica ou poder religioso), cada um que chega a seu modelo fecha questão em torno dele, e com isso impede a evolução de outros modelos. E isto, evidentemente, fere o livre arbítrio e o equilíbrio da natureza.
Minha opinião pessoal é que um modelo de universo deve fluir de acordo com o conhecimento e a sensibilidade de cada um, provando para si próprio, a existência ou a não existência de Deus, e cada um que tomar conhecimento dele, ficará sabendo as razões que levaram o autor a propô-lo, e amparado em seu livre arbítrio, terá a opção de aceitá-lo ou rejeitá-lo.
Os cientistas hoje são divididos em duas correntes: uma sugere que só devemos estudar o comportamento do universo ao longo do tempo, e deixar o momento da criação para a Teologia; a outra, mais objetivista, acha que o homem deve procurar entender tudo, inclusive o momento da criação.
Este capítulo, que será uma rápida visão de como é visto o universo hoje, é um pequeno resumo de alguns tópicos do livro “Uma Breve História do Tempo”, de Stephen
Hawking, uma obra maravilhosa que acho que todos deveriam ler.
O primeiro modelo para o Universo data de 340 a.C., proposto pelo filósofo grego
Aristóteles, que admitia que a Terra era o centro de tudo, e que tudo girava em torno dela através de órbitas circulares. Tinha aí uma forte presença mística, já que tendo na
Terra o homem, criado à imagem e semelhança de Deus, tinha que ser o