Vidros
Os vidros ocupam a maior área das esquadrias, constituindo, portanto, a maior área de penetração de luz, calor e ruído através das fachadas. Por essa razão, sua especificação deve ser cuidadosa e, para isso, é necessário conhecer o desempenho dos vários tipos de vidro disponíveis para construção civil.
Numa explicação simples, os vidros devem ser considerados por seu desempenho estrutural – resistência às solicitações de vento, a cargas acidentais etc. Há o desempenho relacionado à entrada de luz e à visibilidade através do vidro e o desempenho acústico, muito importante quando se pretende que o vidro reduza o nível de ruído ao adequado uso do edifício. Para hospitais ou instituições de ensino, por exemplo, os níveis são mais baixos. Para edifícios de escritório admitem-se níveis mais elevados, mas as normas brasileiras e as internacionais sempre limitam esses níveis de acordo com as frequências dominantes do ruído externo – ruídos de baixa frequência incomodam mais e são mais nocivos que os de alta.
Adicionalmente, o vidro deve contribuir para o conforto térmico do ambiente interno, ou seja, tem que controlar a passagem de calor de um lado para outro. Em países de clima frio, o uso da calefação gera grandes custos e o que se pretende dos vidros é que permitam que o calor penetre no ambiente durante o dia, mas não deixem o calor sair durante a noite ou em períodos com temperatura externa muito baixa. Já nos países de clima quente, principalmente nos trópicos – nosso caso – o que se procura é barrar a entrada de calor durante o dia e permitir que ele saia com facilidade nos períodos com menos radiação e à noite.
Por essa observação já se nota que as necessidades são exatamente opostas nos climas frios e nos trópicos. Ignorar essa condição gera sérios enganos na especificação de vidros feita com base nos usos mais conhecidos na Europa e nos Estados Unidos.
No Brasil, não pode ser ignorada a necessidade de utilizar vidros que “reflitam calor para