Vida e obra de Dr.António

Dr. António Agostinho Neto nasceu na aldeia de Kaxicane, região de Icolo e Bengo, a cerca de 60 km de Luanda. O pai era pastor e professor da Igreja Metodista e, a sua mãe, era igualmente professora.
Após ter concluído o curso liceal em Luanda, trabalhou nos serviços de saúde e viria a tornar-se rapidamente uma figura proeminente do movimento cultural nacionalista que, durante os anos quarenta, conheceu uma fase de vigorosa expansão em Angola. Decidido a formar-se em Medicina, embarca para Portugal em 1947 e matricula-se na Faculdade de Medicina de Coimbra, e posteriormente na de Lisboa. Em 1948, num círculo de intelectuais africanos conhece Maria Eugénia, com quem viria a casar em 1958. Dois anos depois da sua chegada a Portugal, foi-lhe concedida uma bolsa de estudos pelos Metodistas Americanos.
Dr. Agostinho Neto emerge como escritor durante o período político cultural angolano, conhecido como vamos descobrir Angola, na década de 1950 ao longo de toda sua vida ou homem público, a escrita revelou-lhe uma atividade fundamental. Participou, como colaborador em várias publicações periódicas de Angola, Portugal e Brasil. Seus textos foram publicados em diversos jornais e revistas: mensagem, cultural, in ternário e notícias ao bloqueio. As suas colaborações escritas datam do período entre 1942 a 1944 e foram publicadas no jornal O Estandarte
Envolve-se desde muito cedo em atividades políticas, sociais, culturais e sobre tudo da casa dos estudantes do império. Fundou em Lisboa, junto com outros estudantes africanos o clube Marítimo africano, assegurando assim o elo entre os angolanos que viviam em Angola e Portugal, e foi preso em 1951, quando reunia assinaturas para a Conferencia Mundial da Paz em Estocolmo. Após a sua libertação, retoma as actividades politicas e torna-se representante da Juventude das colónias portuguesas junto do Movimento da Juventude Portuguesa, o MUD juvenil. E foi no discurso de um comício de estudantes a que