vida alem da terra
Cientistas já não descartam a possibilidade de que existam seres alienígenas fora do Sistema Solar, e eles podem ser bastante diferentes das criaturas encontradas na Terra
Desde que os cientistas descobriram maneiras de verificar a existência de planetas orbitando outras estrelas no universo, a conta de astros do gênero não pára de aumentar - o número dos chamados exoplanetas, ou planetas extra-solares, já rondava os 250 em agosto. Essa busca tem mobilizado muita gente e equipamentos: além de 68 observatórios na superfície terrestre, 18 satélites estão vasculhando as regiões de dezenas de milhares de estrelas em busca desses astros (o mais novo deles, o Corot, da Agência Espacial Européia, já deu sua primeira contribuição em maio).
Os que esperam encontrar outra Terra perdida em algum recanto oculto do universo ainda vão ter de esperar. Por enquanto, os furos na peneira representada pela metodologia usada estão flagrando só gigantes gasosos - planetas do tipo de Júpiter, o maior planeta do nosso sistema, e em geral maiores do que ele. Vários desses astros completam sua órbita em apenas um dia, enquanto Mercúrio, o mais rápido do nosso sistema, leva 88 dias para dar uma volta em torno do Sol. A proximidade de suas estrelas torna a temperatura desses planetas insuportavelmente alta. Portanto, a possibilidade da existência de vida em astros desse gênero é muito remota.
A mais recente novidade na área foi anunciada em agosto por uma equipe de astrônomos do projeto Transatlantic Exoplanet Survey (TrES), financiado pela Nasa: a descoberta do maior planeta extra-solar já conhecido. Localizado na constelação de Hércules, a cerca de 1.400 anos-luz da Terra, ele ganhou o nome de TrES-4 e chama a atenção sob todos os aspectos: é 70 vezes maior que Júpiter, dista 7 milhões de quilômetros da sua estrela (para se ter uma idéia, a distância entre a Terra e o Sol é de cerca de 150 milhões de quilômetros) e tem uma temperatura média de 1.300º C.
Tais