Vicente de Fleiros
261 palavras
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VICENTE DE PAULA FALEIROS Nasceu em Minas Gerais, em 1941 e reside em Brasília. Foi exilado político, é dirigente de ONG e participa das lutas pela emancipação social. Ah. É da torcida do Corinthians. Publicou o livro LETRA VIVA (Rio de Janeiro: 7Letras, 2006), em parceria com a também poeta mineira Marta Helena de Freitas em que ludicamente trabalham poemas com as letras do alfabeto, alguns escritos em conjunto. A CORDA corda curta cardo a lã de meu corpo acorde de amarras ando no corte curto curta karma corro cala caminho
O NÃO PROMETE Não, passarão
O povo, não, será vencido
Não, darás falso testemunho
Não, caíras em tentação
Não, desejaras a mulher próxima
Não, fugiras da raia
Não, matarás o diferente
Não, renegarás uma, duas ou três
Não, abandonarás as promessas
Não, dessa água beberás
Não, mudarás
Não, descansarás em paz
Não, morreras Não, retirarás a vírgula
PECADO Pau, pênis, ponto g puta, porco, peculato prevaricação, perereca
Quanto pecado no p!
Perdão.
Procuro, procurais, procuramos paz, pão, peito pedaço de chão pra plantar um sonho pendurar um teto, perceber o outro, desfazer as penas, participar Posso pouco no que quero passo a passo pelo tempo sem paço no poço a tomar posse da morte.
DESVELO No horizonte do dia D desejo inteiro de ti desdobramentos de alma e palma desmembração de ócios desvelar da dália doce Dia de dúvidas silêncio de dívidas a dor do dar
Deus e diabo nos pedaços Desacordado de sonhos desabitado de lonjuras dados, sem defesa na decisão da sorte.
Bibliografia: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/distrito_federal/vicente_paula_faleiros.html