Psicologia das Massas e análise do eu - cap II
ITU
2014
CAPÍTULO II: A DESCRIÇÃO DE LE BOM DA MENTE GRUPAL
Para Le Bon as características particulares que distinguem os indivíduos são desvanecidas dentro de um grupo.
“Como diríamos nós, a Superestrutura mental, cujo desenvolvimento nos indivíduos apresenta tais dessemelhanças, é removida, e as funções inconscientes, que são semelhantes em todos, ficam expostas à vista”.
Segundo ele, dessa forma os indivíduos dentro de um grupo tendem a mostrar um caráter médio. Mas eles também apresentam novas características que não possuíam anteriormente, e busca a razão disso em três fatores diferentes que foram ressaltados nesse capitulo para os alunos e serão explicados a seguir:
a) Sentimento de invencibilidade:
Le Bon diz que os indivíduos, em um grupo, têm o sentimento de invencibilidade, o que faz com que seus instintos sejam menos reprimidos do que se estivessem sozinhos. Também, por ser um grupo anônimo, o sentimento de responsabilidade que os controla desaparece completamente.
Freud dá pouca importância às mudanças, mas destaca que o indivíduo repreende muito menos seus instintos estando em um grupo, pois, essas mudanças, novas atitudes, seriam manifestações do inconsciente, onde tudo que é mau na mente humana está como uma predisposição. Assim, não haveria dificuldade em entender o desaparecimento da consciência ou da responsabilidade em um grupo. Ele ainda diz que a ‘ansiedade social’ é constituinte essencial do que chamamos de consciência.
b) Contágio:
O contágio é facilmente estabelecido em um grupo, mas difícil de ser explicado. Num grupo, tudo que é feito é contagioso, como sentimentos, ideias, emoções, etc. Tudo é compartilhado, chegando ao ponto de o indivíduo sacrificar um interesse individual por um interesse coletivo. Le Bon diz que isso é muito difícil para o homem, por ser contrário à sua natureza, exceto quando ele está em um grupo.
c)