Viagens na minha terra
Narrador
- A obra é narrada em primeira pessoa.
- Conhecemos o narrador como: narrador-protagonista, ou seja, a história é contada por um dos principais personagens (no caso, o autor-narrador que viaja pelo país) em primeira pessoa.
- Narrador-protagonista está quase inteiramente confinado a seus pensamentos, sentimentos e percepções (ou seja, seu ponto de vista).
Gênero
- Possui gênero textual híbrido, pois é composto de relatos autobiográficos, anotações da viagem que o autor realiza, crônica histórica e social, reflexões literárias e filosóficas, além de Novela sentimental (utilizada no final da obra como base para uma conclusão baseada em comparações – Frade x Barão; Faces do progresso).
Personagens
Narrador:
Joaninha: 16 anos, rosto sereno, cabelos quase pretos, olhos verdes, ideal e espiritualíssima figura, serena, pura, feliz. O ideal feminino romântico: a mulher-anjo: a fragilidade física e psicológica; vivência intensa do amor: entrega total à paixão; o aniquilamento físico e psicológico (loucura e morte).
Carlos: 30 anos, corpo delgado, cabelos pretos, testa alta, olhos pardos, peito largo e forte, franco real, fácil do perdão, fácil na ira, sentimental, poeta, descrente, barão. O retrato como herói romântico: a sobreposição do sentimento à razão; a incapacidade de resolução dos problemas; a atitude egoísta na manifestação de sentimentos; a insegurança, o conflito psicológico; a incapacidade de realização amorosa.
Irmã Francisca: Velhinha cega, martirizada, vítima do destino, resignada, autômato.
Frei Dinis: Corregedor, vida mundana, destruidor da família do Vale, encarnação do destino, pálido, atormentado, inflexível, austero, rígido, extraordinário.
Júlia:
Laura:
Georgina:
Espaço
Tempo
O tempo histórico, a época da viagem, é um pouco posterior a 1834, ano em que os constitucionalistas assumiram definitivamente o poder em Lisboa. O narrador chega a visitar a casa do Vale de Santarém, onde começa a