Viagens na minha terra de Almeida Garret
Faculdade de Formação de Professores
Disciplina: Literatura Portuguesa I
Docente: Roberto Loureiro
Discentes: Kariny Soares
Viagens na minha terra – um livro ímpar
São Gonçalo
2013
Almeida Garrett (1799-1854), escritor romântico português, um dos mais importantes nomes do romantismo em Portugal – se não o melhor. Um autor que apesar de não ter muitas obras, as que têm são consideradas muito interessantes, todas dotadas de maturidade e originalidade, que já era reconhecida em seu tempo e se mantém até hoje. Garrett, sempre comprometido com o social, com o viver coletivo, no campo sociológico e ideológico é particularmente representativo para atitudes da época, o que tornava ao mesmo tempo, romântico e moderno.
Garrett é considerado um inovador da Literatura Portuguesa pela sua diferente forma de produzir, que pode servir de inspiração mais tarde para outros escritores, mas que para sua época era considerado diferente na sua produção. Fã de Camões, Garrett utiliza muito o modelo Camoniano de escrever, sendo tido como inferior apenas a Camões. Mas sendo visto como o autor mais representativo da sua época, justamente pelo seu individualismo acentuado.
Apesar de ser romancista, através dessa forma inovadora de produzir, Garrett critica a literatura vigente na época. O narrador critica irônica e satiricamente e de uma forma desassombrada as "modas" literárias da época, construindo mesmo os rudimentos da sua "teoria literária". Critica a literatura considerada fácil, a falta de honestidade e de originalidade no trabalho literário, defende a sua individualidade e demarca-se daqueles que interpretam erradamente a palavra “romântico”. “Eu amo a charneca. E não sou romanesco. Romântico, Deus me livre de o ser - ao menos, o que na algarvia de hoje se entende por essa palavra." ( Viagens na minha terra. Cap. VIII, p.46).
“Sim, leitor benévolo, e por esta ocasião te vou explicar como nós hoje em