viagem na minha terra
O livro “Viagens na minha terra”, conta uma historia real que o autor Almeida Garret vivenciou em Portugal de Lisboa ate Santarém, e também faz umas paralelas com outras viagens onde ele as descreve, o livro tratasse de um romance bem distinto, onde envolve muita a História de Portugal (Revolução Liberal), conta um Romance (entre Carlos e Joaninha) e apresenta críticas pessoais do autor em relação à situação da Sociedade e Política portuguesas da época (século XIX). Pode ser considerado um romance contemporâneo, que apresenta muito o hibridismo (o autor brinca muito com as palavras). Foi uma prosa literária portuguesa onde teve uma mistura de estilos e de gêneros, cruzamento de uma linguagem clássica e popular, ora jornalística ora dramática, onde ressalta a vivacidade de expressões e imagens pelo tom oralizante do narrador, Garrett libertou o discurso da pesada tradição clássica, antecipando o melhor que a este nível havia de realizar Eça de Queirós. “Viagens de minha terra” foi publicado em nos anos de 1843 e 1846, na Revista Universal Lisbonense. Mas as Viagens valem também pela análise da situação política e social do país e pela simbologia que Frei Dinis e Carlos representam: no primeiro é visível o que ainda restava de positivo e negativo do Portugal velho, absolutista; o segundo representa, até certo ponto, o espírito renovador e liberal. No entanto, o fracasso de Carlos é em grande parte o fracasso do país que acabava de sair da guerra civil entre miguelistas e liberais e que dava os primeiros passos duma vivência social e política em moldes modernos. No século XIX e em boa parte do século XX, a obra literária de Garrett era geralmente tida como uma das mais geniais da língua, inferior apenas à de Camões. A crítica do século XX (João Gaspar Simões) veio questionar esta apreciação, assinalando os aspectos mais fracos da produção garrettiana. A obra é composta por dois eixos narrativos bem distintos. No primeiro, o narrador