venus
Estado de espírito dos navegadores ao longo do texto – aflição, medo, coragem.
Surgimento da tempestade e sua descrição.
Da tranquilidade passa-se à tempestade (est. 70-71).
Descrição:
o grande variedade de adjectivos, por vezes no superlativo absoluto sintético: “cruel… fortíssima… altíssimos… gritos vãos… furibundo… noite negra e feia… furiosas águas… Relampagos fulminantes… vento bravo as fúrias indinadas!” o sugestão de rápido movimento ascendente e descendente das ondas: “Agora sobre as nuvens os subiam/As ondas de Neptuno furibundo;/Agora a ver parece que deciam/As íntimas entranhas do Profundo.” o visualismo: “A noite negra e feia se alumia/C’os raios em que o Pólo todo ardia!” o hipérboles: “Noto, Austro, Bóreas, Áquilo queriam/Arruinar a máquina do Mundo;/A noite negra e feia se alumia/C’os raios em que o Pólo todo ardia!” (est. 76); “Fugindo à tempestade e ventos duros,/Que nem no fundo os deixa estar seguros.” (est. 77) o descrição hiperbolizante da fúria e das consequências da tempestade: “Nunca tão vivos raios fabricou… Os dous que em gente as pedras converteram” (est. 78), “Quantos montes, então, que derribaram… Tanto os mares, que em cima as revolvessem.” (est. 79), “Assi dizendo, os ventos, que lutavam… Consigo os elementos terem guerra.” (est.84) o reacção dos navegadores – tentar, por todos os meios salvar as naus e atingirem o objectivo proposto: a Índia. o em que consiste a súplica do capitão e o que lhe sucede posteriormente – Vasco da Gama suplica a protecção divina alegando: a omnipotência divina já várias vezes posta à prova; o facto de a viagem ser um serviço prestado ao próprio Deus; o facto de ser preferível uma morte heróica e conhecida em África, a combater a fé cristã a um naufrágio ali, sem memórias.
Usa uma linguagem apelativa, fática, carregada de adjectivos. o desfecho dos acontecimentos: os portugueses conseguem salvar-se. o existência ou não de um herói e suas razões: