Ventilação artificial
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Sumário
1. Indicações de Ventilação Mecânica Invasiva com Pressão Positiva 2. Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica 3. Métodos de Ventilação Mecânica no Doente Pediátrico 4. PEEP (Pressão Positiva no Final da Expiração) 5. Ventilação Mecânica Intra e Pós-Operatória 6. Controlo do Doente em Ventilação Mecânica 7. Ventilação Mecânica na Asma 8. Suporte Ventilatório na DPOC 9. Síndrome de Dificuldade Respiratória Aguda (ARDS) 10. Ventilação Mecânica no Trauma 11. Complicações da Ventilação Mecânica 12. Desmame Ventilatório 13. Suporte Ventilatório Não-Invasivo com Pressão Positiva e Suporte Ventilatório
Manual do Curso de Ventilação Mecânica
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INTRODUÇÃO A ventilação mecânica é um método de suporte para o doente durante uma doença, não constituindo, nunca uma terapia curativa. O uso da ventilação mecânica implica riscos próprios, devendo a sua indicação ser prudente e criteriosa, e a sua aplicação cercada por cuidados específicos. DA SUSPEITA CLÍNICA AO DIAGNÓSTICO DE INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA A insuficiência respiratória não se caracteriza por ser um achado clínico exclusivo. A dispneia pode ser o principal sintoma apresentado, cuja intensidade, rapidez de aparecimento e evolução fornecem dados importantes para o diagnóstico e a terapêutica. Outros sinais e sintomas devem ser analisados com atenção. A cianose, considerado um dos grandes sinais da hipoxémia, tem o seu aparecimento dependente da presença de 5 g/dl de hemoglobina reduzida no sangue arterial. Portanto, em caso de anemia, mesmo discreta (hemoglobina = 10 g/dl), o grau de hipoxémia severa deverá ser relativamente acentuado para que este sinal seja aparente (SaO2 e PaO2 capilar respectivamente de 50% e 25 mmHg). Sendo assim, a cianose, quando presente, constitui um importante sinal de hipoxémia, porém a sua ausência não exclui a possibilidade de uma situação clínica grave. Apesar desses factores, na maioria das vezes, o diagnóstico de