Cancer de mama e ovário - hereditário (resumo)
Os genes BRCA1, no cromossomo 13, e o BRCA2, no cromossomo 17 estão comprovadamente relacionados ao câncer de mama e ovário. Ambos são supressores de multiplicação celular, isto é, contêm informações para sintetizar proteínas que bloqueiam a reprodução das células.
Normalmente, as células vivem em equilíbrio porque existem os genes supressores e os promotores da multiplicação. Quando um gene supressor não funciona adequadamente, ocorre uma proliferação desordenada das células, que pode causar o aparecimento do câncer. As células humanas contêm duas cópias de cada gene, chamadas de alelos. Para que o câncer apareça, as duas cópias do gene BRCA1 ou do BRCA2 devem apresentar mutação.
Indivíduos com câncer familiar herdam, em suas células, uma determinada mutação em um dos alelos do gene, de modo que todas as células de seu organismo passam a funcionar com apenas uma cópia do gene em questão.
A predisposição ao câncer é conferida geneticamente pela herança de apenas um dos alelos alterados, uma vez que a mulher corre o risco de desenvolver a doença se a outra cópia sofrer mutação pela ação de fatores ambientais, como consumo de álcool, nicotina ou outras substâncias cancerígenas.
Mutações nesses genes determinam nas mulheres um alto risco de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário. Nos homens, essas mutações respondem apenas por um ligeiro aumento nas chances de desenvolver outros cânceres, como de próstata e de intestino. No entanto, os homens podem transmitir a mutação para seus filhos.
A etiologia do câncer de mama envolve uma interação de diversos fatores de risco, o que dificulta um estudo mais adequado, pela dificuldade em se isolar um único fator e calcular sua verdadeira contribuição.
Em média, são necessárias quatro ou cinco mutações em nossos genes para transformar uma célula mamária benigna e normal em câncer.
Tratamento do cancer de mama:
O prognóstico do câncer de mama