Velhice
Este trabalho abordará a velhice nos mais variados contextos.
“A velhice é a paródia da vida”.
Simone de Beauvoir
Partindo deste pensamento, podemos concluir que a velhice não é o fim, e sim o começo de uma nova fase, que com ela carrega os benefícios e os malefícios da mesma. E também é um momento para usufruir da sabedoria adquirida durante a vida.
O aumento da população de idosos deve-se não só à maior expectativa de vida gerada pela melhoria das condições sócias e sanitárias, mas também à diminuição da taxa de natalidade. Os idosos são hoje 14,5 milhões de pessoas, 8,6% da população total do País, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2000. O instituto considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento. Em uma década, o número de idosos no Brasil cresceu 17%, em 1991, ele correspondia a 7,3% da população.
O aumento da expectativa de vida provocou o prolongamento do estágio da velhice e fez com que começassem a distinguir etapas nesse estágio, como por exemplo, pré-senescência, senescência, terceira e quarta idade. Senescência consiste no processo natural de envelhecimento ao nível celular ou o conjunto de fenômenos associados a este processo.
A sociedade contemporânea tende a idealizar a adolescência e a juventude, juntamente com tudo o que considera novo. Como consequência, rejeita o idoso e desvaloriza tudo o que considera velho. Paralelamente, a passagem da família numerosa para a família nuclear (cônjuges e um ou dois filhos) torna cada vez mais distante a figura do avô. Os idosos correm portanto o risco de desvalorização e marginalização não só por parte da sociedade mas também da família que é seu apoio afetivo essencial.
Alguns estudiosos da terceira idade consideram que o “ritual” contemporâneo de desligar-se dos idosos internando-os em lares ou asilos sem motivos fundamentados.