Varíola

VARÍOLA

A varíola, o principal flagelo da humanidade durante pelo menos 300 anos, era causada por um poxvírus, e a transmissão ocorria de pessoa a pessoa pelo contato com as lesões de pele e via trato respiratório. A doença era grave, com um exantema generalizado sendo fatal em até 40% dos casos, dependendo da cepa do vírus.
Durante a primeira parte do século XX, a varíola foi erradicada da Oceania, da América do Norte e da Europa através de amplas campanhas de vacinação, originalmente desenvolvida por Edward Jenner, utilizando uma cepa de vírus vivo atenuado (vacínia vírus), juntamente com o estrito controle das fronteiras. Em 1967, a OMS começou uma campanha para erradicar a varíola em todo o mundo, especialmente na América do Sul, na África, na Índia e na Indonésia, fazendo uso da vacinação, vigilância e isolamento de casos. A despeito das dificuldades, como as barreiras culturais, estados de guerra e o transporte para áreas remotas, a campanha foi bem sucedida. Casos ocasionais continuaram a ocorrer nos EUA até 1940, e, em 1974, houve 218.000 casos mundiais, principalmente na Ásia, mas o último caso foi registrado na Somália em outubro de 1977. O custo total da OMS foi de aproximadamente US$ 150 milhões.

PRINCIPAIS MOTIVOS DA ERRADICAÇÃO GLOBAL DA VARÍOLA

Não havia infecções subclínicas, assim os casos eram prontamente identificados.
O vírus era eliminado do corpo durante a recuperação, não havia portadores.
Os humanos eram os únicos hospedeiros.
Havia uma vacina eficaz.
Durante alguns anos havia uma preocupação com a varíola do macaco, uma doença de símios causada por um vírus similar e adquirida pelo contato com macacos infectados na África. Entretanto, esta doença não é transmitida com eficácia para humanos. Apesar disso, mais de 80 pessoas contraíram a varíola do macaco nos EUA em 2003. Esta contaminação ocorreu pelo contato com cães de pradaria infectados. Preocupações sobre o uso da varíola por bioterroristas resultaram na criação de