Varistor
Universidade Federal do Paraná
Paulo Henrique Bernardi
Paulo Marcelo de Jesus
Resumo: Falaremos aqui sobre o funcionamento dos varistores e um pouco de seu histórico.
Palavras-chave: cerâmicos resistores varistores.
I - HISTÓRICO
A primeira publicação sobre materiais varistores data de
1957, quando Kh.S. Valee e M.D. Mashkovich descobriram que o sistema binário ZnO-TiO2 possuia propriedades não ôhmicas. Outros estudos em sistemas binários ZnO-Bi2O3 e
ZnO-Al2O3 realizados por M.S. Kosman e colaboradores
(1961) e S. Ivamov e colaboradores (1963) respectivamente, também mostraram que esses sistemas poderiam ser utilizados como varistores. Entretanto, a não linearidade obtida para esses sistemas a, obtida empiricamente por I µ
Va, está na região 2 £ a £ 6, que são coeficientes de não linearidade muito baixo comparados com que são obtidos atualmente (a
³
70).
Em 1971, Matsuoka e colaboradores, fizeram varistores cerâmicos multicomponentes com propriedades muito melhores que aquelas obtidas para sistemas binários. A não linearidade nas características corrente-tensão para esse sistema foi de a=50. Um típico sistema com essas propriedades é 97%ZnO-1%Sb2O3-0,5%MnO-0,5%CoO0,5%Cr2O3, sendo essas porcentagens molares.
Atualmente, uma ampla variedade de composições são utilizadas para a obtenção de varistores. Os varistores comercialmente mais usados ainda são a base de óxido de zinco (ZnO), mas varistores de dióxido de estanho (SnO2) e dióxido de titânio (TiO2) possuem um grande potencial tecnológico que ainda não foi utilizado..
II - FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Os varistores são cerâmicas policristalinas e como todo material policristalino possuem alta concentração de defeitos estruturais, superficiais e eletrônicos (intrísecos e extrínsecos, quando dopados). O tipo e a quantidade destes defeitos estão diretamente relacionados com as diversas etapas de processamento empregado na obtenção das peças