Variações linguísticas no brasil
Em uma sociedade há sempre uma unidade lingüística, compartilhada por certo grupo de indivíduos, que vem a ser a língua nacional. È natural que, apesar de todos os falantes nativos terem conhecimento do sistema de sua língua, por razões principalmente sociais, ocorram variações lingüísticas. Como já mencionado anteriormente, algumas variações sofrem discriminação e são consideradas inferiores. Por outro lado, sob um ponto de vista lingüístico, não existem variações melhores ou piores, todas são essencialmente legítimas e caracterizam a diversidade dos falares. No caso do Brasil, o falante do norte não tem dificuldade para entender o falante do sul, muito embora existam diferenças fonéticas, sintáticas e lexicais entre seus falares.
Segundo o cientista social Manuel Diógenes Jr., as diferenças nos falares das diversas regiões de nosso país podem ser apontadas como fruto da diversidade étnica e cultural aqui presente. Com relação aos diferentes falares, a escolha de um falar local padrão recaiu sobre o Rio de Janeiro, por estar geograficamente no centro de uma polaridade norte/sul, ser um importante centro econômico e político, e apresentar menor número de marcas regionais e locais dentro do país. No entanto, sabe-se que essa escolha está mais fundamentada em razões políticas - como o fato do Rio de Janeiro ter sido capital da colônia - do que lingüísticas, já que não há como apontar uma variedade padrão sem junto com isso estabelecer diferenciações de valor. Contra o argumento de que São Paulo mantém sua marca localista no dialeto caipira, e que