Sociedade brasileira
RESUMO: Neste trabalho, buscamos apresentar uma breve discussão sobre os aspectos sociolingüísticos variacionistas que caracterizam a comunidade de fala brasileira e que fatores implicam e/ou implicaram para que a sociedade brasileira apresente uma diversidade linguística que muitas vezes são vistas como marcas peculiares não só de cada indivíduo, mas de região pra região. Para isso, respaldamo-nos em alguns teóricos como Bortoni-Ricardo (2004) e Camacho (2001), que propõem discussões a respeito da temática e, a partir dos aspectos teóricos discutidos, tecer esclarecimentos sobre os aspectos que interferem na construção da variação linguística no português brasileiro e suas consequências para a educação, além de refletirmos sobre as diferentes variações existentes no Brasil urbano e no Brasil rural. E, por fim, vemos que no Brasil não existe um português brasileiro e que o português que se fala não apresenta uma única face, ou seja, a comunidade brasileira é constituída de diversas variações, de diversos portugueses.
Palavras-chave: variação linguística, fala, sociolingüística, sociedade brasileira.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A língua esteve sempre atrelada ao aspecto interativo/dialógico que assegura a comunicação entre os indivíduos e, consequentemente, revela a formação desses indivíduos e a sua participação social. É por apresentar essas particularidades que a língua não pode ser vista como algo homogênea, ela varia e está vinculada aos contextos sociais de uso real. Por essa razão, as pesquisas lingüísticas que vêm sendo desenvolvidas ultimamente e ciências como a Sociolingüística, apontam para a necessidade de estudar a língua na sua funcionalidade, já que muitos de seus aspectos só têm sentido quando relacionados ao contexto sócio-histórico de produção.
Entretanto, o que percebemos é que mesmo que se aceite que a língua se materializa por meio da variação, uma vez que para nos comunicarmos, fazemos