variações anatômicas - coluna vertebral
Coluna vertebral
É bastante comum que cadáveres sejam encontrados já decompostos e que seja necessário usar de variantes anatômicos para identificação de raça, biótipo, sexo e idade.
Para diferenciação de sexo exclusivamente a partir da coluna vertebral, é preciso observar a parte final dela. A região coccígea nas mulheres é menor e mais arredondada, devido à necessidade de, durante a gravidez, acomodar o feto. Nos homens a mesma região apresenta forma da letra “v”. Também devido à gravidez, a coluna das mulheres é mais curvada. Essa curvatura vem dos ancestrais da mulher por uma questão de sobrevivência, onde era necessário que durante a gravidez o peso estivesse bem distribuído para facilitar a fuga.
É muito difícil diferenciar sexo pela altura. Apesar das médias apresentarem que mulheres são alguns centímetros mais baixas que os homens, não podemos comparar a coluna vertebral de uma mulher que pratica basquete com um homem subnutrido, porque genética e fatores externos atuam fortemente nesse aspecto. Pelo tamanho da coluna, é possível dizer o biótipo do indivíduo, sendo os principais longilíneos (altos), brevilíneos (baixos) e normolíneos (estatura média).
Quanto à idade, pode ser verificada pelo desgaste dos ossos, porosidades, e cartilagens, chamados discos intervertebrais, localizadas entre as vértebras devido ao uso durante a vida da pessoa.
Uma diferença relacionada com a coluna vertebral e com o tipo étnico é a medula nervosa, a qual é mais longa nos negros do que em uma pessoa caucasiana. A medula espinal, mesmo que não faça parte do sistema ósseo e sim do sistema nervoso, está diretamente relacionada com os forames vertebrais, que são as aberturas por onde passa a medula.
Entretanto, mesmo que existam diferenças significantes notadas visualmente nos ossos, o ideal para fins de perícia é examinar sempre que possível o organismo como um todo e realizar exames em laboratório com as amostras coletadas.