variação linguistica
Brasília, 2012.
Disseram ao poeta Zé da Luz que para falar de amor era necessário um português correto, então ele escreveu esse poema.
A língua portuguesa brasileira varia do português de Portugal, e dentro do próprio Brasil ela tem suas diferenças, ela não é usada de modo homogêneo pelos seus falantes, varia de época para época, de região para região, de situação para situação e de pessoa por pessoa. É preciso compreender que a língua falada vem mudando desde quando surgiu.
É bastante evidente que a variação linguística de um cidadão corresponde ao lugar em que viveu durante muito tempo, adquirindo assim um sotaque, pronúncia peculiar a cada indivíduo, em que se passa naquela região que é o que caracteriza a variação linguística.
Existe a variação diatópica que é a variação ocorrida em razão das diferenças regionais, podemos dizer que é uma mesma língua sendo falada só que difere pela sua localidade e cultura, percebe-se isso na poesia de Zé da Luz, Ai! Se sêsse, em que tem o perfil da língua nordestina brasileira.
E temos também a variação diafásica que é a variação que determina a maneira como nos dirigimos ao nosso interlocutor, sendo formal ou informal em função do contexto comunicativo.
A composição de Zé da luz, Severino de Andrade Silva, fala sobre o amor até depois da morte, dizia ele que para falar de amor era necessário um português correto e escreveu esse poema de acordo com o lugar que viveu e suas influências.
Ai! Se sêsse!...
Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dois se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse qui São Pêdo não abrisse as portas do céu e fosse, te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse e tu cum insistisse, prá qui eu me arrezorvesse e a minha faca puxasse, e o buxo do céu