Variasdos

598 palavras 3 páginas
A grande depressão, que atingiu a economia mundial na década de 1930, é considerada o marco fundamental do processo de consolidação da produção industrial brasileira. A revolução de 1930 que ocorreu no Brasil levou a perda da hegemonia política da burguesia cafeeira em favor da classe industrial ascendente.

A economia cafeeira do Brasil liderava a produção mundial do produto no fim do século XIX. Mesmo com a disseminação do produto em todo o mundo a demanda pelo café chegou ao seu limite, porém a produção de café no Brasil só aumentava. Esse aumento, periodicamente resultava em crises de superprodução que eram controladas a partir do desenvolvimento de vários mecanismos em defesa do café. O mecanismo de defesa mais utilizado era a depreciação da moeda nacional, o que levava os fazendeiros a venderem mais por um preço menor. Esse mecanismo diminuía as perdas de receita dos cafeicultores. Como o mecanismo de depreciação cambial era limitado o governo a partir do convênio de Taubaté, em 1906, passou a comprar os excedentes de produção, financiado por empréstimos externos. A política de defesa do café, para ser eficiente, deveria ter desenvolvido mecanismos que impedissem o continuo aumento da produção de café.

Mesmo com o início da grande depressão (1929-1933) a produção de café no Brasil continuava crescendo. Quando a crise mundial estourou ocorreu uma “fuga de capital”, com isso as reservas de ouro do governo reduziram-se a zero em dezembro de 1930. Os cafeicultores ainda possuíam grande peso político e mais uma vez lançaram mão do mecanismo cambial para sua defesa, porém essa medida não foi suficiente e o governo na intenção de diminuir a oferta do café resolveu queimar os excedentes que equivaliam a um terço da produção obtida entre 1931-1939.

Devido à grande depressão e aos mecanismos de defesa do café a renda nacional caiu na ordem de 25% a 30% e o índice de preços dos produtos importados subiu 33%, com isso as importações caíram em torno de 60%. A

Relacionados