Logistica
Um dos elementos críticos na globalização da economia é o movimento de organismos nocivos ou de Espécies Invasoras Exóticas (EIE), de uma região para outra, em função do comércio, transporte, trânsito e turismo. Bioinvasão ou bioglobalização de pragas refere-se, portanto, ao deslocamento de organismos vivos de uma região para outra, inadvertida ou intencionalmente, podendo resultar em prejuízos incalculáveis nos âmbitos ambiental, econômico, social e cultural. O termo “bioinvasão” é também utilizado para explicar a introdução e ou dispersão de pragas ao redor do mundo.
A definição de EIE para a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) e a definição de pragas quarentenárias no âmbito da Convenção Internacional de Proteção dos Vegetais (CIPV) são comparáveis e se relacionam às mesmas ameaças. Ambas as definições envolvem qualquer organismo que causa danos a plantas e cuja introdução e ou dispersão ameaça a diversidade biológica, resultando ou não em impacto socioecnonômico e ambiental. Pode-se argumentar que a maioria das pragas quarentenárias constitui uma EIE e que essas espécies que causam injúrias diretas ou indiretas para plantas são pragas quarentenárias.
Na área vegetal, o termo praga é utilizado no sentido amplo da palavra, conforme a definição da CIPV, envolvendo os ácaros, insetos, fungos, bactérias, vírus, viróides, fitoplasmas, nematóides, plantas infestantes ou qualquer outro organismo capaz de causar danos aos vegetais e seus produtos. No entanto, as áreas de saúde humana e animal, utilizam à terminologia doença ou enfermidade ou epidemiologia para se referir aos organismos que causam efeitos deletérios a pessoas e animais.
Um exemplo clássico do efeito de uma bioinvasão na agricultura é o da batata (Solanum tuberosum) que foi introduzida na Irlanda entre os séculos XVI e XVII, tornando-se o alimento básico de