Vargas
Vargas assumiu a presidência em 1930 em plena crise mundial (Grande Depressão 1929). A Crise de 1929 atingiu a economia do Brasil, muito dependente das exportações de um único produto, o café. Mas, mais do que gerar dificuldades econômicas, ela provocou uma mudança no foco de poder no país, acabando com um pacto político interno que já durava mais de trinta anos. O que aconteceu, então, foi que o foco do poder no país foi deslocado para o gaúcho Getúlio Vargas, que se tornou presidente da República após a Revolução de 1930. "Do ponto de vista político, a crise foi importante porque desviou o foco do poder para Getúlio Vargas e para um projeto de industrialização". Com isso Vargas tomou iniciativas políticas para que a economia brasileira conseguisse atravessar a crise.
A Constituição de 1934
Promulgada em 16 de julho, enunciada pela Constituição alemã de Weimar, a nova Constituição brasileira, liberal e centralizadora, estabelecia: * regime presidencial e federativo; * extinção do cargo de vice-presidente; * voto secreto e feminino (pela primeira vez no Brasil); * ensino primário obrigatório e gratuito; * autonomia dos sindicatos e representação profissional; * restrição à imigração (visava principalmente aos japoneses); * nacionalização das empresas estrangeiras de seguros; * proibição a empresas estrangeiras de se apossarem de órgãos de divulgação; * obrigação às empresas estrangeiras de manterem, no mínimo, dois terços de empregados brasileiros; * criação do mandado de segurança para a defesa dos direitos e liberdades individuais; * três poderes: Executivo, Judiciário e Legislativo.
O poder Legislativo era formado pelo Senado e pela Câmara. Havia dois senadores por estado, com mandato de oito anos. Os deputados eram eleitos por quatro anos, com um número proporcional ao número de habitantes de cada estado.
Uma das novidades dessa Constituição era a representação classista, isto é, os sindicatos de