Vanguardas Europeias/ Cubismo
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A Vanguarda Artística Europeia Contexto histórico As duas primeiras décadas do século XX marcaram-se pela crise do capitalismo e o nascimento da democracia de massas. A burguesia tomou consciência do perigo que representava, para ela, a Revolução Socialista. E ao mesmo tempo, uma radical e inédita Revolução Científica rompia as barreiras do tempo e do espaço, produzindo um grande e universal estado de euforia e crença no progresso. Descobriu-se e inventou-se, no fim do século XIX e início do século XX, a corrente elétrica, o telégrafo, o automóvel, a lâmpada, o telefone, o avião entre outros, de modo que a máquina tornou-se o principal participante de todos os setores integrantes da vida – Revolução Industrial. Tanta mudança gerou radicais alterações na forma de viver, de analisar a realidade e de representá-la artisticamente. No entanto, esse período de euforia durou pouco. Em 1914 iniciou-se a Primeira Guerra Mundial, encerrada apenas em 1918. O conflito, que envolveu praticamente o mundo todo, gerou a desconfiança nos sistemas políticos, econômicos, sociais e filosóficos vigentes. O homem que viveu a guerra começou a questionar a si mesmo e os valores do seu tempo. A Revolução Russa, de 1917, conduziu pela primeira vez na história a classe operária ao poder e o verdadeiro pavor que o comunismo despertou na classe dominante. Onze anos após, o mundo enfrentou a terrível crise de 1929, a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, que sucedera a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Esse período entre as duas Grandes Guerras ficou conhecido como ¨ os anos loucos ¨, fase marcada principalmente pela ânsia de viver freneticamente .Em que aproveitar o hoje, o agora, tornara-se uma necessidade, já que a guerra havia lançado no espírito humano a incerteza sobre permanência da paz. Durante a belle époque e depois dela surgiram na Europa diversos movimentos artísticos conhecidos em seu conjunto como vanguarda, tendências que refletem a