vacinas
A primeira vacina foi criada em 1798 pelo britânico Edward Jenner, que observou a proteção duradoura contra a varíola humana produzida pelo vírus da varíola bovina inoculado em pessoas. Em 1881, Pasteur demonstrou ser possível produzir imunidade contra o antraz ou carbúnculo, mediante a injeção de uma cultura atenuada do bacilo causador da doença, comparativamente inofensiva. Quatro anos depois, Pasteur produziu a vacina contra a raiva.
Seguiu-se então uma pesquisa ampla e exaustiva de novas vacinas, que conseguiram controlar antigas pestes. A varíola, por exemplo, foi erradicada mundialmente na década de 1980, após um amplo programa de vacinação. Já as vacinas contra a poliomielite, a difteria, a coqueluche, o sarampo e a rubéola conseguiram controlar a disseminação dessas doenças nos países desenvolvidos. Também foram descobertas vacinas eficazes contra a febre tifóide, a cólera, a peste bubônica, a tuberculose, a febre amarela, o tétano, o tifo e a hepatite, entre outras doenças.
No fim do século XX, criaram-se novos tipos de vacinas com a ajuda de avançadas técnicas de laboratório. No caso de um agente infeccioso, os pesquisadores puderam identificar os componentes bioquímicos que estimulam a resposta imunológica do organismo agredido. Esses componentes bioquímicos podem então ser sintetizados em laboratório e depois administrados a seres humanos, nos quais atuam como qualquer outro tipo de vacina.
A tecnologia do ADN recombinante representou um grande avanço para esse método, pois permite inserir no ADN de um microrganismo dado -- o vírus da varíola bovina -- o gene que codifica a produção do componente bioquímico causador da imunidade de outro microrganismo. O vírus geneticamente alterado pode então ser injetado em seres humanos e estimular a produção de anticorpos contra ele mesmo e contra o agente infeccioso cujo gene foi a ele incorporado. Essa técnica permitirá que o vírus da varíola bovina, acrescido de fragmentos genéticos dos