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A Marcha da Família com Deus pela Liberdade é um nome comum a uma série de eventos ocorridos em Março de 1964 em resposta à considerada “ameaça comunista” do comício do presidente João Goulart no dia 13 de Março de 1964.Neste comício, o presidente havia prometido as Reformas de Base, que eram uma série de reformas: administrativa, jurídica, econômica, agrária, etc. que feriam os interesses das classes média e alta, já que haveria distribuição de bens e terras, que em muito desagradava os setores sociais de elite.Vários grupos sociais, o clero, as famílias e os setores políticos mais conservadores se organizaram em marchas, levando às ruas mais de um milhão de pessoas, no intuito de derrubar o presidente João Goulart do governo.
A primeira aconteceu no dia 19 de março, dia dedicado à São José, padroeiro das famílias, em São Paulo, com uma participação de 500 mil pessoas, organizado pela Campanha daMulher pela Democracia (Camde), da União Cívica Feminina, da Fraterna Amizade Urbana e Rural, entre outros grupos. Na ocasião, foi distribuído o Manifesto ao povodo Brasil, pedindo o afastamento do presidente João Goulart.Em 02 de abril, a agora “Marcha da Vitória” aconteceu no Rio de Janeiro, com um milhão de pessoas.A Marcha da Família com Deus pela Liberdade aconteceu ainda em Belo Horizonte e Curitiba e foi uma contribuição para o início do Governo Militar. Estas manifestações foram vistas pelos militares como um consentimento ao então Golpe que estava sendo preparado e seria posto em prática ainda em Março de 1964. Os grupos envolvidos nestas marchas aceitaram a imposição militar, já que era melhor ter seus bens garantidos à custa da ausência de democracia, a perder tudo diante a “ameaça vermelha”, que era o comunismo. A aceitação do Golpe por parte destes setores é compreensível já que os militares garantiriam a segurança e a estabilidade do país.
O clero dividido
Tendo o Brasil a maior comunidade católica das Américas, a maneira