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Minas Gerais - MG
Histórico
O descobrimento do sítio em que surgiu a Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto, declarada
Monumento Nacional por ato do Presidente da República, constitui acontecimento intimamente ligado ao descobrimento das minas de ouro, cuja existência, em extensões tão amplas no território antes chamado dos Cataguazes, resultou o nome da outrora capitania das Minas Gerais.
A notícia de que do córrego do Tripuí, cuja águas rolavam sobre leito de pedras e areias negras, justificando a denominação de origem tupi (tipi-í – “água de fundo sujo”), foram retirados granitos da cor do aço que depois se soube serem ouro de fino quilate ecoou no espírito dos paulistas como grito de desafio à audácia dos bandeirantes, para que viessem descobrir a imensa riqueza do território. O episódio, que se inscreve como origem mais remota da fundação da primitiva capital, é narrado por Antonil, um Jesuíta que na primeira década do século XVIII visitou Minas Gerais e ouviu a tradição de testemunhas vivas do descobrimentos. O historiador
Diogo de Vasconcelos, em sua “História Antiga das Minas Gerais”, a ele se refere reputando inconcussa a sua autoridade e inserindo na referida obra a narrativa nos seguintes termos, aqui transcritos com a mesma redação e ortografia originais:
“Há poucos anos que se começaram a descobrir as Minas Gerais dos Cataguases, governando o Rio de Janeiro Artur de Sá e Menezes; e o primeiro descobridor, dizem, foi um mulato, que já havia de Paranaguá e Curitiba. Este, indo ao sertão com alguns paulistas a buscar índios, e chegando ao serro do Tripuhy, desceu abaixo para tomar água no ribeiro a que chamam agora do Ouro Preto: e metendo a gamella na ribanceira para tirar água e roçando-a pela margem do rio, viu que nela depois ficaram uns granitos da cor do aço, sem saber o que eram, e nem os companheiros souberam conhecer e estimar o que tinham achado tão facilmente: e só cuidaram que ali haveria um metal não bem