USO RECREATIVO DA MACONHA REJEITADO POR PSIQUIATRAS

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USO RECREATIVO DA MACONHA É REJEITADO POR PSIQUIATRAS
Diário do Grande ABC - Fábio Munhoz Enviado a Brasília
A legalização da maconha ainda é rejeitada por grande parte dos psiquiatras brasileiros. O tema foi debatido ontem no Congresso Brasileiro de Psiquiatria, evento realizado pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) em Brasília. Enquete feita entre os médicos presentes apontou que cerca de 70% eram contrários à liberação da droga.
Porém, os especialistas defendem a realização de estudos sobre o uso medicinal de substâncias extraídas da maconha. Caso do CBD (Canabidiol), administrado a pacientes com epilepsia grave. O Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) publicou no início deste mês resolução que regulamenta a prescrição em casos pré-determinados. Na justificativa, garante que “o CBD não induz efeitos alucinógenos ou indutores de psicose, ou mesmo efeitos inibitórios relevantes na cognição humana; e que possui, nos estudos disponíveis, perfil de segurança adequado e com boa tolerabilidade.”
Um dos maiores nomes na luta contra a legalização, o médico Ronaldo Laranjeira, titular da disciplina de Psiquiatria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), fez comparação com o ópio. “Do ópio derivam-se substâncias medicinais. É a mesma coisa com a maconha e o canabidiol. Mas é preciso extrair e sintetizar só o princípio ativo necessário.”
Laranjeira acrescenta que “as crianças com convulsões merecem ser bem tratadas”, mas considera que o uso deste exemplo como argumento pró-legalização é “uma coisa ordinária” e que o deixa “enojado” por misturar as situações.
O psiquiatra Valentim Gentil Filho, da USP (Universidade de São Paulo), salienta que o debate deve ser muito mais amplo que as discussões embasadas na ideologia. “São necessários inúmeros testes antes que a comercialização seja autorizada. A maconha tem mais de 400 substâncias, além de muitas impurezas.”
O professor Elisaldo Carlini, do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp, fez

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