Uso do DNA
O DNA (ácido desoxirribonucleico) é um dos ácidos nucleicos e pode ser encontrado tanto no interior quanto no exterior das células. Embora o DNA tenha se tornado conhecido apenas nas últimas décadas devido à popularização dos exames para identificação de paternidade duvidosa, ele já era conhecido no meio científico desde o início da década de 1950, quando ficou comprovado que o DNA é o material que constitui os genes. Através doDNA é possível identificar pessoas para esclarecer uma possível participação em um crime e também na realização de testes de paternidade. É importante lembrar que, com exceção dos gêmeos univitelinos, o DNA de cada pessoa é único.
Paternidade
O DNA é formado por bloquinhos chamados de nucleotídeos, que se repetem em diferentes combinações em uma longa cadeia. Mas até o chimpanzé tem mais de 95% do seu DNA idêntico ao do ser humano. Entre um ser humano e outro, então, a diferença é mínima. Por isso, o teste examina apenas trechos bem específicos, chamados de polimórficos porque variam muito de pessoa para pessoa. Os laboratórios usam kits, padronizados mundialmente, que examinam sempre os mesmos 13 a 19 trechos: é quase impossível que duas pessoas tenham as mesmas repetições em todos eles. "Trabalhamos com uma margem de certeza de 99,99%", afirma o geneticista Martin Whittlen, do laboratório Genomic, em São Paulo. Basicamente, a comparação do DNA do filho com o do suposto pai confere se há o mesmo número de bloquinhos em cada um desses trechos. Como metade do DNA do filho vem da mãe, é importante analisar também o DNA dela, para evitar confusão.
O trabalho começa separando o DNA do resto das células, por meio de detergentes e centrifugações. Em seguida, aplicam-se pedaços de DNA sintético, marcados com corante, que se ligam aos trechos a serem examinados. Depois, em um processo chamado eletroforese, os pedaços de DNA são separados por uma corrente elétrica de acordo com seu tamanho. Finalmente, um equipamento a laser faz a