Uso de Anabolizantes entre os jovens
Atualmente, vivemos um momento do culto exagerado ao corpo e à estética: triplicaram as cirurgias plásticas no país, observa-se um aumento crescente dos freqüentadores de academias de ginástica e nunca se venderam tantos cosméticos e produtos para emagrecer, apesar da crise econômica. É imperativo ser bonito, musculoso, magro e saudável. Aliado a isso, um consumo exagerado de tudo: dinheiro, imagem, roupas, perfumes, adornos, grifes, amor, sexo, bens de consumo e substâncias lícitas e ilícitas.
Agravando o consumo exagerado de substâncias, um novo mito se incorpora às práticas esportivas, o de que substâncias diversas estão disponíveis para ganho de massa muscular e conseqüente melhoria do rendimento e do desempenho físico. Entre elas os esteróides androgênicos anabolizantes.
DESENVOLVIMENTO
Apesar de já haver estudos científicos e pesquisadores dos mais avançados laboratórios do Mundo trabalhando em torno do doping genético, a juventude dos dias atuais continua exposta ao perigo real dos anabolizantes. O consumo desenfreado dessas drogas tornou-se epidêmico dentro da sociedade, sem distinção de faixas etárias ou classe econômica. É uma epidemia estimulada na supervalorização do físico pela indústria e pela comunicação de massa, que normalmente encontram nas crianças e adolescentes - ávidos por novidades e necessitados de auto-afirmação - os seus alvos mais frágeis.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Massachussets com 975 crianças norte-americanas entre 9 e 13 anos traz resultados alarmantes: 32% dos garotos conheciam um colega da mesma idade que estava utilizando esteróides anabolizantes. E ainda: 2,7% dos meninos e 2,6% das meninas admitiram consumir tais substâncias. Isso significa, na melhor das hipóteses, que numa sala de aula com 50 alunos da 4ª série do ensino fundamental pelo menos um já assume que está se drogando.
"Essa situação atual pode ser o reflexo da nossa sociedade elitista