Usinas Hidreletricas
Diante desse quadro, e baseados na ideologia de que esses projetos eram positivos porque traziam o desenvolvimento da região e o conseqüente bem estar da sua população, os grandes empreendimentos foram sendo impostos por decisão tão somente do Estado em comum acordo com os diversos segmentos interessados no capital a ser gerado, conforme afirma WARREN (1993), sem se preocupar com os verdadeiros atingidos – a população.
Foi dentro dessa ordem e da prioridade exigida pela demanda da energia elétrica necessária ao desenvolvimento social do país, que foram desenvolvidos os projetos em grande escala tais como Itaipú, Balbina, Tucuruí, Projeto Uruguai e outras menores realizadas em diferentes estados brasileiros que provocaram (e ainda provocam) grandes alterações e mudanças, que extrapolam o local e a região onde estão localizados esses empreendimentos. De fato, a utilização de grande potencial de energia pelo homem moderno é irreversível pois os avanços tecnológicos são, como diz BRANCO (1977) essenciais à sobrevivência humana, mas não se pode julgar o nível de desenvolvimento de um povo apenas pela avaliação do seu consumo energético.
A avaliação do nível de desenvolvimento deve considerar também como são mantidos os recursos naturais e a qualidade de vida da população. Deve-se buscar sempre os meios de utilizar os recursos energéticos com o menor dano ambiental possível.
Foi só a partir da década de 80, com a criação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) que tem a finalidade de definir e implementar a Política Nacional do Meio Ambiente, que o estudo dos danos ambientais (impactos) passam a ser considerados não só para a