Usina Termoelétrica Piratininga
Louise Nakagawa é bacharel em Biologia (Centro Universitário Fundação Santo André) e mestre em Energia pela Universidade Federal do ABC. Devido à sua formação acadêmica, buscou relacionar a geração de energia elétrica com os aspectos de saúde ambiental. Sendo assim, escolheu como tema para sua dissertação de mestrado a influência do funcionamento da usina termoelétrica Piratininga (UTE Piratininga) sobre a saúde da população residente na região, tendo como título “Estudo dos efeitos na qualidade do ar e na saúde humana do funcionamento de usinas termoelétricas em regiões intensamente urbanizadas: o caso da UTE Piratininga – SP”.
A energia elétrica no Brasil tem como principais fontes as usinas hidrelétricas, ainda que a oferta de combustíveis derivados do petróleo seja maior que a oferta de água. Sendo assim, seria mais interessante a construção de UTEs, porém estas trazem a problemática emissão de poluentes, que podem ter influência direta sobre a saúde humana e ambiental.
Caracterização da UTE Piratininga
Localizada na zona sul de SP, às margens da represa Billings, devido à grande necessidade de uso de água para resfriamento. Foi construída em 1954, devido à demanda de energia elétrica gerada pelo crescimento da cidade de São Paulo. Inicialmente a usina trabalhava exclusivamente com óleo combustível, mas depois de passar por modernizações, passou a ser “flex” e funcionar também com gás natural, o que rendeu, também, um aumento na potência gerada.
Em 2001, devido à crise no setor elétrico, a UTE passou a funcionar em caráter emergencial utilizando gás natural, e seu funcionamento pode, potencialmente, ter aumentado as emissões de poluentes e agravado casos de doenças respiratórias e outras relacionadas às emissões.
A pesquisa buscou identificar uma possível influência do funcionamento da UTE durante o período de 1998 e 2007