Usina nuclear fukushima
http://scienceblogs.com.br/brontossauros/2011/03/fukushima.php
Por incrível que pareça, a eletricidade na usina nuclear de Fukushima é gerada por vapor de água. A energia liberada pelo combustível nuclear, o radioativo óxido de urânio, ferve a água e o vapor gerado move turbinas, que geram a eletricidade.
O óxido de urânio está na forma de cerâmica, em pequenos cilindros. Estes cilindros não estão em contato com a água, evitando desta forma que a água fique radioativa. Eles são colocados em tubos de Zircaloy. Centenas de tubos de Zircaloy formam o reator nuclear. Os átomos de urânio se quebram em átomos menores, liberando calor e nêutrons. O calor aquece a água, que só está em contato com o Zincaloy, os nêutrons podem atingir outros átomos de urânio, ocasionando novas fissões (quebras). O ciclo da água líquida entrando e vapor saindo retira o calor do reator. Um detalhe que vai ser importante depois: os tubos de Zircaloy se oxidam a 1200 a.C e o óxido de urânio se derrete a 2800 a.C.
O reator é mantido encapsulado sob pressão em uma estrutura com paredes grossas de aço que servem para resistir a explosões. Esta estrutura está fechada hermeticamente em uma segunda estrutura, esta de aço e concreto. Uma terceira camada de concreto cobre tudo. Tudo isso atuando como uma proteção contra vazamento do combustível radioativo para o ambiente (muito, muito ruim). Por fim, há o prédio da usina, que protege todo o aparato das intempéries.
É necessário notar que o design de um reator nuclear é completamente diferente de uma bomba nuclear. Por isso qualquer explosão que tenha acontecido ou venha a acontecer na usina de Fukushima NÃO vai ser uma explosão nuclear!
O que deu errado?
Quando há uma emergência, a usina nuclear pode diminuir a taxa de fissão de urânio mesclando-se cilindros de bóro - que absorve nêutrons - entre os cilindros de Zincaloy. Desta forma consegue-se reduzir a taxa de fissão do urânio em