Usina hidrelétrica de belo monte
Os impasses, desafios e resistências associados à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, situada no Rio Xingu, em Vitória de Xingu, Estado do Pará, esbarram no paradoxo de que produzir mais energia elétrica e crescer economicamente são incompatíveis com as questões ambientais e éticas.
A construção da usina faz parte dos investimentos do Governo Federal e do PAC
(Programa de Aceleração do Crescimento), contudo apresenta um problema ambiental, uma vez que Belo Monte irá alagar estradas importantes para a Região Norte e parte de terras indígenas, contrapondo-se aos termos constitucionais. Em decorrência disso, é necessário estabelecer uma proposta equilibrada e compatível, que contemple o crescimento econômico sem degradar o meio ambiente.
Desde o início, o Projeto Belo Monte encontrou forte oposição de ambientalistas, brasileiros e internacionais, e também de comunidades indígenas locais. Com grande potência instalada e área que chegará a ocupar 516 km2, seu funcionamento está marcado para até 2015.
Belo Monte será a maior hidrelétrica inteiramente brasileira. Está prevista a construção de uma barragem principal no Rio Xingu, nas proximidades de Altamira, formando o Reservatório do Xingu. O vertedouro principal ficará na barragem do Sítio Pimentel e será formado por 20 comportas, onde haverá uma escada para peixes, que possibilitará a piracema. O trecho de aproximadamente 100 km do Rio Xingu, entre o Reservatório do Xingu e a casa de força principal, terá a vazão reduzida em decorrência do desvio do canal.
Para a operação da barragem, foi realizado um hidrograma que garante para este trecho de vazão reduzida um nível mínimo da água variável ao longo do ano, a fim de que seja assegurada a navegabilidade do rio e condições satisfatórias para a vida