Urbanização de ecossistemas

Introdução
O presente projeto de pesquisa tem por objetivo avaliar os efeitos da urbanização no entorno de ecossistemas em espaços metropolitanos e verificar em que medida as políticas públicas de uso e ocupação do solo e de meio ambiente têm contribuído para a conservação desses ecossistemas, tomando por base as ações antrópicas incidentes na Lagoa Olho D’Água.
A hipótese deste trabalho busca provar que grande parte da degradação antrópica em ambientes costeiros devese ao processo de urbanização realizado sem o devido planejamento, fato que vem gerando desequilíbrios no meio natural e, por conseguinte, ao meio social, o que se faz ainda mais grave quando acontece em ecossistemas, os quais são propícios a sofrer alterações biológicas quando expostos à intervenção humana. Portanto, os espaços urbanos, necessitam de uma gestão eficaz e da atuação da população para conservar as peculiaridades destes ecossistemas.
As lagoas costeiras são ecossistemas aquáticos, que possuem várias possibilidades de uso: pesca, lazer, turismo etc., bem como, pela sua própria função natural, constituem um meio de controle de inundações, reservatório de água doce, drenagem. Com efeito, esses ecossistemas proporcionam a manutenção do lençol freático, contribuindo, também, para a estabilidade do clima local, sendo isso fundamental à produtividade biológica, mantendo a biodiversidade inerente ao ambiente em causa. Entretanto, esses ecossistemas têm sido objeto de constantes agressões antrópicas, tais como: aterro, assoreamento, edificação intensa das suas margens, lançamento de efluentes não tratados etc., deixando-as em risco de perda permanente das suas potencialidades ecológicas, o que acarreta uma série de problemas para a fauna, a flora e à população residente em suas proximidades, Leal (2002).
Dessa maneira, faz-se necessário um estudo que evidencie e discuta as formas de ocupação e uso do solo em áreas do entorno dos ecossistemas, de maneira complexa, a fim de