Urbanismo - Cidade Para Pessoas
As estruturas e o planejamento urbano influenciam diretamente o comportamento humano e também as formas de funcionamento das cidades.
No Império Romano, as cidades eram formuladas para dar suporte à sua função de centro comercial e de artesanato. Em Paris, as reformas urbanas proposta por Haussmann favoreciam o controle militar da população.
No século XX a influencia sobre o comportamento humano por meio de propostas urbanas se consolidaram. Com o aumento dos veículos nas ruas, todo o espaço disponível das cidades foram preenchidas por automóveis, circulando ou até mesmo estacionados. Quanto mais carros, mais supervias, e quanto mais supervias, mas carros circulando por elas.
O terremoto de 1989, em São Francisco, causou estragos ao longo da baía de Embarcadeiro, que era uma das principais vias de acesso ao centro da cidade. Subitamente a rota do centro teve que ser mudada, e os habitantes rapidamente se adaptaram a se virarem sem sua principal via. Hoje, no lugar de uma via expressa de dois andares, existe um bulevar com bondes, árvores frondosas e calçadas para os pedestres. Essa catástrofe natural provou que menos vias geram menos tráfego.
UMA QUESTÃO DE CONVITE
Modificar os padrões de uso das cidades é uma questão de convite.
Copenhague:
Estimulou o uso de bicicleta por muitos anos, e hoje redes de boas ciclovias dão apoio a este transporte seguro e eficaz. Em 2008 os ciclistas correspondiam a 37% das movimentações pendulares (trajeto casa - trabalho ou casa - escola). O objetivo é atingir os 50% das movimentações diárias. Com a implantação de melhores condições para as bicicletas, mais ciclistas surgem.
Londres:
Em 2002 foi instituído o Ecopass, um pedágio para os veículos que se dirigem ao centro da cidade. Esta medida reduziu em 18% o trânsito nos 24 km² da zona central da cidade. Além da redução do trânsito, as taxas ajudam na melhoria do sistema de transporte público - que se tornou um padrão